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Foto: Marcos Ribolli
Foto: Marcos Ribolli

No último domingo (22), o Corinthians feminino se sagrou hexacampeão brasileiro ao bater o São Paulo por 2 a 0 (5 a 1 no placar agregado), na Neo Química Arena. O título, o segundo no ano, marca mais uma temporada dominante do alvinegro, que, mesmo com troca de treinador e diretoria, se sobressaiu sobre os rivais ao manter um elenco campeão, que hoje conta com seis medalhistas olímpicas.

As laterais Tamires e Yasmin, as meias Duda Sampaio e Yayá, e as atacantes Gabi Portilho e Jheniffer foram as representantes alvinegras na última edição dos jogos olímpicos, disputados em Paris neste ano. Em campanha histórica, a seleção brasileira voltou ao pódio depois de 16 anos e ficou com a medalha de prata, ao perder para os EUA na final.

Além das seis convocadas, o Corinthians também esteve presente nos jogos de Paris através de outras quatro atletas que tiveram passagens recentes pelo clube (Tainá, Tarciane, Adriana e Gabi Nunes) e com o treinador Arthur Elias, que deixou o comando técnico da equipe no final de 2023 para assumir o Brasil. A diretora Cris Gambaré também saiu do alvinegro para assumir um cargo na CBF.

“O futebol feminino no Brasil ainda está em desenvolvimento, mas o projeto do Corinthians mostra como é importante cultivar um trabalho de qualidade para colher frutos, que também podem beneficiar a seleção brasileira no futuro. É preciso oferecer as oportunidades para as mulheres desde cedo, assim como fazemos no ‘Em Busca de Uma Estrela’, contribuindo para o crescimento da categoria em nosso país”, explica Camila Estefano, gerente geral do projeto social que oferece a oportunidade para meninas que sonham em atuar profissionalmente.

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No Corinthians, a manutenção do elenco campeão de outras temporadas também passa pelo trabalho realizado pelo clube ao longo dos anos. Atualmente, a equipe é uma das únicas no Brasil que renova o contrato de jogadoras por mais de um ano, prática antes inimaginável na modalidade. Foi, inclusive, por conta de um vínculo de longo prazo que o Corinthians conseguiu realizar a segunda maior venda da história do futebol feminino no país, ao negociar a zagueira Tarciane, em abril, por R$ 2,6 milhões, com o Houston Dash, dos Estados Unidos.

“O futebol masculino já está estabelecido no Brasil há muito tempo. Ao mesmo tempo, o crescimento das mulheres no meio trouxe muitos fãs também para o futebol feminino, que tem ganhado mais atenção e incentivos ano a ano. Conseguimos ver isso recentemente nos Jogos de Paris. Quanto mais a categoria cresce, mais patrocinadores e investidores chegarão na modalidade”, afirma Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo.

Entretanto, o Corinthians, assim como outros times brasileiros, ainda enfrenta dificuldades para manter um bom trabalho na base. Atualmente, o alvinegro conta com times sub-20, 17, 15 e 13, mas nenhum utiliza os CTs destinados para as equipes de base do clube. As mais velhas treinam no CT da Portuguesa e as mais jovens usam os gramados sintéticos do Parque São Jorge, com as demais categorias de juniores do futebol masculino.

“É essencial que o incentivo às atletas comece desde jovem para que o futebol feminino cresça cada vez mais. Precisamos de mais leis de incentivo e mais trabalho de base. Com esse tipo de apoio, aumentam-se as chances de descobrir jovens atletas talentosas que poderão ser lapidadas com as devidas condições para a formação”, explica Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada, startup que auxilia empresas a investir em projetos de impacto positivo.

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