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Reprodução/Twitter/ @HDiabSupporters
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Seis dias após a explosão no porto de Beirute, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (10). O país já passava por uma grave crise política e econômica, que foi agravada pela tragédia. Em meio a uma onda de protestos, ministros e parlamentares já haviam deixado os seus postos na última semana. 

Em um discurso transmitido por um canal de TV local, o premiê afirmou que a explosão foi resultado da corrupção no governo e, por isso, decidiu dar "um passo para trás para poder estar com o povo e lutar por mudanças junto com as pessoas". Ao final do anúncio, Diab ainda repetiu três vezes "que Deus proteja o Líbano". 

A explosão da última terça-feira (4), deixou 158 mortos e mais de 6 mil feridos, além da destruição de partes da cidade. Neste domingo (9), a polícia libanesa jogou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que jogavam pedras e bloqueavam uma rua perto do Parlamento em Beirute. 

A ministra da Informação, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia, dizendo que respondia ao apelos do povo por mudanças. A ministra da Justiça, Marie-Claude Najm, seguiu o mesmo movimento e deixou o cargo hoje, citando as consequências catastróficas no porto de Beirute. Dois integrantes do Parlamento libanês, Henri Helou e Paula Yacoubian, também anunciaram suas renúncias enquanto o país tentava lidar com as consequências da tragédia. 

Em meio à crise política, vários países ofereceram ajuda ao Líbano. Em conferência virtual de doadores de emergência, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e sob coordenação do líder francês Emmanuel Macron, diversos governantes ofereceram um total de quase 300 milhões de dólares para ajuda humanitária imediata. 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que participou da reunião, convidou o ex-presidente Michel Temer para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Nos próximos dias, o Brasil vai enviar a Beirute um avião com medicamentos, alimentos e uma equipe técnica para ajudar na perícia da explosão. Temer já comunicou à Justiça a intenção de viajar ao país de seus antepassados e espera autorização judicial para cumprir a missão.

O presidente do Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu país doará uma ajuda "substancial" ao Líbano, mas não declarou quanto pode oferecer. Enquanto isso, o presidente da Turquia, Fuat Oktay, alegou que seu país irá ajudar a reconstruir o porto de Beirute. 

Especialistas italianos em avaliação de risco químico têm ajudado as autoridades libanesas em inspeções dentro de um navio naufragado na região do porto. Nenhuma vítima foi encontrada dentro da embarcação. Hoje, um navio da marina britânica chegou em Beirute com ajuda e suprimentos e o embaixador do Reino Unido no país declarou que os britânicos continuarão a dar apoio ao Líbano e às necessidades mais urgentes do povo libanês.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que enviará equipamentos de proteção no valor de 1,7 milhão de dólares, além de apoio médico e humanitário para o país em crise. Segundo o chefe da organização, Tedros Adhanom, a OMS distribuiu parte de seu fundo de emergência para a capital libanesa após a explosão e ajudará o país no combate ao surto de Covid-19, oferecendo apoio psicossocial e assistência na reconstrução das unidades de saúde.