Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) respondeu ontem (20) a uma publicação da antropóloga e professora universitária Débora Diniz e a repercussão levou o termo "Tabata" aos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta (21).

Na postagem original, a antropóloga convida a parlamentar para um debate sobre o aborto, citando uma declaração feita no Roda Viva em outubro de 2019, em que ela coloca o tema como um "dilema ético". 

A publicação, que continha um desenho em que Tabata aparece em cima de um muro, foi considerada machista e ofensiva pela deputada: "Acredito no diálogo e não no deboche, ridicularização e lacração que marcam o ambiente virtual e que, sim, tentam desqualificar e silenciar quem pensa diferente".

Na entrevista, Tabata se declarou feminista e disse que não vê contradição em seu posicionamento sobre o aborto: "Para mim, é uma questão pessoal, de entender qual é o dilema ético que está posto. A gente tem a vida da mulher, que eu sei que fica fragilizada, porque mulheres pobres, mais negras acabam morrendo no processo; mas também tem a vida de um feto, que eu não sei quando essa vida começa. Então, eu entendo que hoje, como sociedade, a gente não consegue julgar entre uma e outra".

Assista ao trecho:


Pelo Instagram, Débora argumentou que a fala da parlamentar é incompatível com o feminismo: "Um dilema é quando só há duas respostas possíveis para uma questão. Para uma feminista, não há dilema: optamos por cuidar, respeitar e reconhecer o direito das mulheres à vida livre de coerção".


"Mal-entendido artístico"

Diante da resposta, a antropóloga citou divergência na interpretação da arte e reforçou o convite para uma conversa sobre o tema do aborto. "O muro era a representação da questão como 'dilema do aborto'. Tristemente, @tabataamaralsp ficou aborrecida com a arte e descreveu-me como em 'lacração'. [...] Mas queria saber se, corrigido esse mal-entendido artístico, poderíamos ir para a questão democrática do aborto e da vida das mulheres e meninas", escreveu.