Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/Site Angelo
Reprodução/Site Angelo

O ginasta brasileiro Angelo Assumpção está desempregado há quase dez meses e não tem aonde treinar. Negro e morador da periferia da Zona Leste, o atleta representou por quase 16 anos o clube Pinheiros, mas foi demitido em novembro do ano passado.

Em 2015, ele foi campeão de salto da Copa do Mundo de Ginástica Artística em São Paulo. Dias depois, um vídeo onde outros atletas como Arthur Nory, Fellipe Arakawa e Henrique Flores praticavam racismo contra Angelo, foi publicado nas redes sociais.

Angelo faz parte da seleção brasileira desde 2012, e quando estava disputando vaga para a seleção que participaria das Olimpíadas de 2016, ficou de fora da lista final, não aparecendo nem na lista de suplentes.

Único atleta negro e um dos poucos periféricos que frequentava o Pinheiros, Angelo foi alvo de racismo durante toda sua trajetória no clube. Ao levar alguns casos até a diretoria no ano passado, o ginasta foi suspenso por 30 dias por indisciplina e quando voltou, teve seu contrato encerrado. Arrasado, ele denunciou os casos nas redes sociais.

Sem nenhum tipo de patrocínio ou ajuda do governo, o atleta não está treinando por falta de local e de recursos. Para ajudar, famílias e amigos fizeram uma vaquinha virtual com o objetivo de arrecadar R$ 10 mil. “Está vakinha é para ajudar o nosso atleta Angelo Assumpção, que está sem nenhum tipo de renda ou auxílio governamental”, mostra o texto divulgado.

Em sua rede social, Angelo escreveu que embora goste de ajudar, tem dificuldades em receber ajuda. Mas está tratando disso com sua psicóloga para aprender a lidar com toda essa situação nova. Ele posta também seus posicionamentos em relação ao racismo no meio esportivo e diz que "Não podemos olhar pro EUA e só achar lindo a forma de combater o racismo. Precisamos disso aqui no Brasil, cadê a #vidastransnegrasimportam que todos colocaram?".