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Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

No Roda Viva desta segunda-feira (7), a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz falou, entre outros momentos da história, sobre o processo que culminou na independência do Brasil, em 1822. 

De acordo com Lilia, o contexto da independência não era revolucionário. "Nossa independência não foi revolucionária, tampouco romântica. Foi um golpe das elites em torno do imperador que garantiria não só o não desmembramento do Estado, mas, sobretudo, o sistema escravocrata", analisou a historiadora. 

A antropóloga ainda reafirma que a independenciense no Brasil criou um Estado, mas não criou uma nação, destacando o caráter não popular do processo, ou seja, sem a participação do povo na construção de um país liberto da colonização portuguesa. "Já na época se dizia que a independência criou um Estado, mas não criou a nação. Isso porque, naquele momento, não existia exatamente o Brasil. O Brasil era uma referência as províncias portuguesas na América do Sul. A tentativa do processo foi criar uma historia europeia, masculina, claro, uma história colonial e imperial, como se isso fosse um destino", disse Lilia. 

"Acho que esse é um processo dividido, uma história mal contada. Seria preciso contar essa história por outros lados, nossa independência parece um processo sem povo, ou seja, sem reação. Nossa independência foi uma anomalia dentro das Américas, porque criou uma monarquia cercada de repúblicas. Acho que é o momento de pensarmos o que vamos comemorar agora e também em 2022. Que história nós vamos querer contar?", completou.

Assista ao trecho da entrevista:

Apresentado pela jornalista Vera Magalhães, a Roda Viva vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube e nas redes sociais Twitter, Facebook, e Linkedin.

Assista a entrevista na íntegra de Lilia Schwarcz: