Na aldeia Tenondé Porã, localizada em Parelheiros, extremo sul da cidade de São Paulo, vivem cerca de dois mil indígenas da etnia Guarani. Ao todo são 16 mil hectares de terras que abrigam 11 aldeias. Os povos originários que vivem do plantio, lutam na Justiça desde 2016 para aprovação do Projeto de Lei que visa fortalecer os costumes culturais e ambientais do povo indígena de São Paulo.
Além da aldeia Tenondé Porã, o projeto de lei também deve beneficiar a outra terra indígena guarani na região do Jaraguá, na Zona Norte, onde vivem cerca de 800 pessoas numa área de 532 hectares. O texto de autoria de dez vereadores já foi aprovado em primeira votação, mas desde 2017 espera pela segunda aprovação na Câmara Municipal de São Paulo.
Próximas às periferias, as comunidades guaranis são as principais responsáveis por preservar e proteger a Mata Atlântica ao redor da cidade. Tanto a área de Parelheiros, como a do Jaraguá, são garantidas por lei através do processo de demarcação. Mas para que a gestão possa ser feita é preciso políticas públicas para garantir esse direito.
De acordo com o documento sobre a devastação da Mata Atlântica, no município de São Paulo mais de sete milhões de metros quadrados foram desmatados de forma criminosa para criação de loteamentos nos últimos cinco anos.
Tiago Karaí, atual coordenador da Comissão Guarani e Urupá, diz que nem sempre o povo indígena é incluído em ações do Governo Municipal Estadual e que espera que a provação venha o quanto antes para não deixar que o povo Guarani acabe.
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