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Violência política: 82 candidatos e militantes foram assassinados em 2020, segundo levantamento

Somente nesta semana, quatro candidatos foram alvos de atentados. Segundo Melina Risso, diretora de Programas do Instituto Igarapé, a violência política é "danosa para a nossa democracia", já que ela tenta interferir nos resultados


12/11/2020 14h55

A violência política tem se espalhado pelo País. Segundo levantamento do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, 82 candidatos e militantes foram assassinados em 2020. Os casos de agressão somam 170.

Somente nesta semana, foram quatro atentados contra políticos. Em São Vicente, no litoral sul de São Paulo, o carro da candidata à Prefeitura pelo PSDB, Solange Freitas, foi atingido por tiros. Nem ela, nem os assessores se feriram. Em Bom Princípio do Piauí, o carro de Lucas Moraes, candidato à Prefeitura pelo Democracia Cristã, também foi atingido por tiros. Ele não se machucou. 

Em Escada, em Pernambuco, o candidato a prefeito Klaus Lima (PSB) levou um tiro no braço dentro de uma caminhonete. Já em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, o candidato a vereador Ricardo de Moura (PL) foi atingido por um tiro no braço e outro na perna direita enquanto conversava com eleitores em uma live. 

"A violência política é danosa para a nossa democracia. Ela é todo o tipo de violência que procura atuar ou afetar a nossa capacidade de representação e a nossa capacidade de participação política. Ela tenta interferir nos resultados", explicou Melina Risso, diretora de Programas do Instituto Igarapé.

Na manhã desta quinta-feira (12), a participação da milícia na eleição municipal do Rio de Janeiro foi alvo da Operação Sólon, da Polícia Federal (PF), que identificou que integrantes de uma das maiores milícias da cidade querem retomar o poder que tinham na zona oeste.  A PF apurou crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro para financiar campanhas eleitorais. Os agentes apreenderam dinheiro e material de campanha.

Não só no Rio, mas em vários estados há denúncias de interferência de grupos criminosos organizados na política. "Por exemplo, milícias no Rio de Janeiro ou mesmo o PCC [Primeiro Comando da Capital] aqui em São Paulo. Tem havido uma série de denúncias sobre a impossibilidade de candidatos fazerem campanhas eleitorais em determinadas regiões, seja por preferências políticas ou seja porque o crime organizado não tem interesse que a livre concorrência política se dê naquele espaço", afirmou Melina.

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