Na noite desta terça-feira (17), foi publicado um artigo na revista científica The Lancet sobre a vacina chinesa Coronavac. Segundo pesquisadores, o estudo foi feito com base nas fases de testes 1 e 2 realizados na China. Estas fases verificam a segurança e a capacidade de gerar imunidade nos voluntários.
Leia também: Estado de São Paulo tem aumento de 18% no número de internações por Covid-19
Os participantes eram 743 adultos saudáveis de 18 a 59 anos, que foram escolhidos aleatoriamente para receber duas doses da vacina experimental: dose baixa de 3 microgramas, dose alta de 6 microgramas, ou placebo. Desses, 97% desenvolveram anticorpos contra o vírus num prazo de até 28 dias, o que é considerado uma resposta imune rápida. O efeito colateral mais comum foi dor no local da injeção.
O estudo não analisou a taxa de eficácia da vacina, que mostra a redução de casos de Covid-19 entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado. Isto é feito na fase 3 de testes, da qual o Brasil faz parte.
O Instituto Butantan já aplicou a vacina em um grupo com cerca de 10 mil profissionais de saúde, mas a meta é ampliar a pesquisa para 13 mil voluntários, incluindo crianças e idosos.
Nesta quinta-feira (19), chegam ao Brasil as primeiras seis milhões de doses da vacina fabricada na China e matéria prima para que o Butantan fabrique mais.
Leia também: Instituto Butantan receberá vacinas prontas da China ainda nesta semana
A expectativa do Instituto é que a Anvisa aprove o imunizante ainda este ano e que a vacinação comece em janeiro de 2021.
REDES SOCIAIS