Com um aumento de 18% no número de internações ocasionados pelo novo coronavírus na última semana, o governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (19) que assinará um decreto determinando que os hospitais não desmobilizem os leitos que foram criados para atender exclusivamente pacientes da Covid-19.

Além disso, ressalta que serão suspensos novos agendamentos de cirurgias eletivas de outras doenças, de casos que não são considerados emergenciais.

"Essa elevação da curva [de internações] promove a necessidade de medidas estratégicas. Dessa maneira, o governo assina hoje um decreto que determina a todos os hospitais públicos, filantrópicos e privados a não desmobilização de qualquer leito, seja ele de UTI ou de enfermaria, voltados para o atendimento do Covid-19. Assim como a não realização de novos agendamentos de cirurgias eletivas, para que dessa forma possamos garantir leitos para todos os pacientes com Covid", disse o Secretário Estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Apesar disso, o governo estadual disse que o dado ainda precisa ser analisado em conjunto com estatísticas de novos casos e mortes, que são fornecidas pelo Ministério da Saúde e tiveram um problema de atualização nos últimos dias por causa de uma falha no sistema da pasta federal.

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Nesta quinta-feira (19) em entrevista coletiva online, o prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que não há segunda onda da Covid-19 na cidade e que há estabilidade no número de casos e mortes. De acordo com ele, o aumento da taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pela doença se dá por conta da elevação de casos entre as classes A e B e também porque há maior número de pacientes de fora da cidade.

O Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, participou do De Volta ‘Pra’ Casa na última segunda-feira (16) e falou sobre o aumento do número de infecções por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Segundo o infectologista, a alta foi provocada pelo descuido com os protocolos de segurança. “As pessoas se cansaram da pandemia, das medidas restritivas e sanitárias, mas isso não pode se sobrepor ao risco”, afirmou.

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