Torcedores de diversas torcidas organizadas do futebol argentino se uniram a um grupo de aposentados em protesto por melhores condições de vida em frente ao Palácio do Congresso, no centro de Buenos Aires.

Nesta quarta-feira (12), todos manifestaram juntos contra as políticas de reajuste de Javier Milei, exigindo o aumento dos benefícios previdenciários, a restituição da cobertura de medicamentos e a renovação das moratórias de aposentadoria, que vencem no fim deste mês.

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“O fato de os torcedores de futebol terem decidido nos apoiar se deve a vários fatores. Por um lado, porque nossa luta está no centro do ataque da política de austeridade de Milei. Estamos exigindo o que todos os trabalhadores precisam: tanto aumentos salariais quanto os medicamentos que Milei nos roubou. Além disso, pedimos a prorrogação da moratória para os trabalhadores que estão prestes a se aposentar”, disse Nora Biaggio, representante do Plenário dos Trabalhadores Aposentados.

De acordo com a imprensa local, as palavras de ordem que circulam nas redes sociais refletem a indignação popular: “Não à repressão contra os avós” e “Apoiemos os aposentados”.

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A participação de torcedores do River Plate, Boca Juniors, Chacarita, Tigre, Independiente, Racing, San Lorenzo, Vélez, Deportivo Merlo e Ferro, entre organizadas de outros clubes, trouxe maior visibilidade e força ao movimento.

Durante o protesto, alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia, queimaram carros, depredaram calçadas e chegaram a atirar objetos contra os agentes. Segundo o Ministério da Segurança da Argentina, pelo menos 14 pessoas foram detidas até o momento.

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“No âmbito da manifestação dos hooligans, até agora foram detidas catorze (14) pessoas”, diz o comunicado. “Por sua vez, as Forças de Segurança relataram seis (6) feridos: três (3) da Polícia Federal e três (3) da Prefeitura Naval.”