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Senado aprova crédito extraordinário na conta de luz para moradores do Amapá

Prejuízo de cerca de 69 milhões de reais, gerado pela queda de energia no estado, será compartilhado entre toda população brasileira


20/11/2020 15h05

O senado aprovou um projeto de lei que determina um crédito extraordinário na conta de luz de consumidores do Amapá. Outra decisão que beneficiará os moradores do estado é uma medida provisória do governo federal que isentará a tarifa energética dos moradores afetados pelo apagão.

O financiamento da medida provisória será feito por meio do fundo "Conta de desenvolvimento energético", que tem como objetivo custear políticas públicas do setor. Na prática, o prejuízo estimado em 69 milhões de reais, gerado pela queda de energia no Amapá, será compartilhado entre toda população brasileira, que pagará mais pela conta de luz e continuará correndo riscos devido ao sistema elétrico frágil do país.

Em relação as regiões do Brasil, cada uma apresenta um problema diferente, em relação a geração de energia. O sul e sudeste dependem das hidrelétricas para gerar energia, logo, a falta de água significa um obstáculo. O centro-oeste utiliza em grandes quantidades a biomassa e fica dependente dos recursos existentes. A região nordeste o problema é o vento, que é a fonte da energia eólica.

Leia Mais: 16 dias sem energia: Amapá sofre novo apagão total e tem noite de protestos

No norte do país, a situação se complica ainda mais. Logística e infraestrutura são os grandes desafios. A região não conta com um "plano B" em casos de escassez de recursos naturais ou emergências. Roraima é o único estado que não está interligado ao sistema nacional e durante quase 20 anos, dependeu da Venezuela.

Em entrevista ao Jornal da Tarde, o diretor da AESEL (Associação de Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobrás), Ikaro Chaves, comentou sobre a situação dos estados mais afastados do Brasil. "Se você tem uma linha que chega a São Paulo, e cai uma subestação, uma torre ou qualquer coisa do tipo, existem outros caminhos por onde a energia pode chegar à cidade, o que não acontece no Amapá, no Acre e em algumas regiões mais isoladas do país", relatou.

Apesar de deficiências no fornecimento de luz, segundo o Global Petrol Prices, entidade que publica dados abrangentes sobre preços de segmentos de combustíveis, o Brasil tem a 61ª tarifa mais cara em um ranking de 147 países.

Em alguns locais a conta de luz chegou a subir nos últimos meses. Em nota a Enel disse que o reajuste médio feito em julho foi de 4,2%, porque a companhia utilizou de forma integral o valor da "Conta-Covid", permitido pela Aneel, para amortecer o reajuste aos consumidores, e sem essa medida o aumento seria de 12%.

Veja a matéria na íntegra que foi ao ar esta sexta no Jornal da Tarde.


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