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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou sua demissão do cargo nesta sexta-feira (24), durante pronunciamento em rede nacional. A exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal (PF) nesta manhã pegou o ministro de surpresa e motivou a sua saída.

O delegado Maurício Valeixo era o braço-direito de Moro e foi escolhido por ele para ocupar o cargo de diretor em dezembro de 2018. Na época, o então futuro ministro falou que a missão de Valeixo era "fortalecer" a atuação da Polícia Federal com foco no combate à corrupção e ao crime organizado.

Por conta de atritos desde agosto do ano passado, a relação entre o diretor-geral da PF e Bolsonaro já se mostrava desgastada. Em algumas ocasiões, o presidente já havia sinalizado a troca de Valeixo por um nome mais próximo a ele.

Em discurso, Moro revelou que, quando foi convidado para chefiar o Ministério da Justiça, pediu como única condição para aceitar o cargo que o presidente garantisse pensão para sua família, caso algo acontecesse a ele. Além disso, alegou que nem nos governos petistas houve a interferência na PF, como há agora no governo Bolsonaro, e que não concordou com a exoneração de Valeixo do cargo. "Eu disse para o presidente que isso seria uma interferência política e ele respondeu: mas é mesmo", afirmou.

Segundo o ministro, ele não assinou o decreto de exoneração do diretor-geral e foi surpreendido ao ver a notícia no Diário Oficial, no qual consta o nome do ex-juiz. Conversando com Valeixo, o exonerado ainda teria afirmado a Moro que não pediu para deixar o cargo.


Sobre Sergio Moro

Ex-juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, Moro se especializou no combate a crimes financeiros. Trabalhou em casos como o escândalo do Banestado e também colaborou com o STF no caso do Mensalão. Moro ganhou notoriedade, entretanto, devido a sua atuação na Operação Lava Jato – que, segundo o Ministério Público Federal, é o maior caso de corrupção e lavagem de dinheiro já apurado no País, levando à condenação de mais de 160 pessoas. Por enquanto, já foram devolvidos aos cofres públicos cerca de R$ 2,5 bilhões, mas há previsão de que outros 13 bilhões devem ser recuperados.

Por sua participação em vários desses processos, como juiz, Moro viu-se no centro de uma polêmica. Admirado por uma parcela da população, que enxerga nele um símbolo da luta contra a corrupção; é acusado, por outros, de parcialidade. Já no cargo de ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, foi alvo de críticas pelo site The Intercept, após a divulgação de mensagens trocadas com procuradores da Lava Jato.

No dia 20 de janeiro deste ano, Sergio Moro foi o entrevistado do Roda Viva, sob o comando da jornalista Vera Magalhães. Assista à integra do programa: