O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 7,7% no terceiro trimestre e chegou a R$ 1,891 trilhão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Isso é bom ou ruim? O 6 Minutos lista os principais pontos sobre a principal radiografia da economia brasileira.
- O crescimento de 7,7% entre um trimestre e outro é o maior já registrado desde o início do levantamento, em 1996.
- O avanço aconteceu sobre os resultados do segundo trimestre, quando os efeitos da pandemia eram mais intensos e derrubaram a economia brasileira. Na ocasião, o PIB tinha recuado 9,6%.
- Quando olhamos para o ano todo, de janeiro a setembro, a economia brasileira andou para trás, com uma perda acumulada de 5% em relação ao mesmo período de 2019.
- O PIB brasileiro, de janeiro a setembro, está no mesmo patamar de 2017.
Indústria
- A indústria foi o destaque no trimestre, com crescimento de 14,8%.
- A alta do setor compensa em parte a queda do segundo trimestre, quando houve recuo de 19,1%. “Voltamos ao patamar do primeiro trimestre”, avalia a coordenadora do IBGE, Rebeca Palis.
- O setor com melhor desempenho foi a indústria de transformação, com avanço de 23,7%. Também houve altas nos setores de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,5%), Construção (5,6%) e Indústrias extrativas (2,5%).
Agropecuária
- O setor caiu 0,5% no trimestre, mas segue sendo o único com saldo positivo em 2020. A explicação é a menor influência da pandemia na produção agrícola, as boas safras e o avanço na exportações, sobretudo para a China.
- Café (21,6%), cana de açúcar (3,6%), algodão (2,5%) e milho (0,3%) tiveram os melhores desempenhos no trimestre.Laranja (-3,4%) e feijão (-4%) foram os piores.
Serviços
- O setor de serviços, o mais importante para a economia brasileira, avançou 6,3% no 3º trimestre em relação ao trimestre anterior. No ano, o saldo segue negativo em 4,8%.
- Na comparação com o ano passado, apenas duas categorias tiveram avanço: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,0%) e Atividades imobiliárias (2,7%).
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