A Amazônia perdeu uma área equivalente ao território da Espanha em 18 anos, apontou estudo divulgado nesta semana. Segundo o Atlas Amazônia Sob Pressão, mais de 500 mil km² de floresta nativa foram desmatados entre 2000 e 2018.
A área corresponde a 8% do total de floresta que existia em 2000. A derrubada acelera desde 2012 e a área perdida a cada ano triplicou entre 2015 e 2018. Ainda de acordo com o estudo, um terço da Amazônia se encontra sob pressão "alta" ou "muito alta".
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O atlas foi feito pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), um consórcio de organizações da sociedade civil dos países onde há o bioma.
Em 2020, foram identificados quase 4.500 locais de mineração ilegal na Amazônia, sendo que 87% deles estão em fase ativa de funcionamento, especialmente o garimpo ilegal.
Mais da metade desses pontos está no Brasil. A conclusão do atlas é que a floresta está muito mais ameaçada do que em 2012, ano do último estudo.
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A tendência é fortemente determinada pela situação do País, que concentra mais do 60% do território amazônico. De acordo com o estudo, áreas naturais protegidas e territórios indígenas funcionam como barreiras ao avanço do desmatamento. O que evidencia a importância dos instrumentos de gestão territorial para fins de conservação e o manejo indígena das florestas para a preservação da Amazônia.
"Quase 90% do desmatamento ocorrido na região ocorreu fora das áreas naturais protegidas e dos territórios indígenas, ou seja, eles são escudos importantes de proteção mas, ao mesmo tempo, estão sendo cada vez mais ameaçados", explicou Júlia Jacomini, pesquisadora do Instituto Socioambiental (!SA) e integrante da equipe da RAISG.
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