O deputado federal Kim Kataguiri (Democratas) chamou o presidente Jair Bolsonaro de 'quadrilheiro, corrupto e vagabundo' durante sessão na Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira (18). O discurso cita declaração de Bolsonaro que, também nesta sexta, colocou em Rodrigo Maia (Democratas) a responsabilidade pela falta de uma 13ª parcela do Bolsa Família neste ano.
Pelas redes sociais, Bolsonaro acusou Maia de ter deixado caducar a medida provisória (MP) que incluiria a parcela adicional do benefício. "O governo diz que não tem fonte de financiamento para o décimo-terceiro do Bolsa Família, que é tão propagandeado pela militância bolsonarista, que mente dizendo que é pelo Congresso Nacional que ele não é aprovado, mas o presidente da República Jair Bolsonaro é o que mais gasta com cartão corporativo da história da Nova República", disse Kataguiri.
Líder do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que fez campanha pela eleição de Bolsonaro em 2018, o deputado federal afirmou que o governo 'não tem desculpa de que não tem a maioria do Congresso Nacional' e que 'é o próprio governo que barra suas pautas e que faz suas medidas provisórias caducarem'.
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"O presidente só faz alianças, não para aprovar qualquer reforma ou privatização. Ele faz aliança para proteger o filho quadrilheiro, corrupto e vagabundo. Eu quero que fique registrado que não só o filho, mas o presidente da República, são quadrilheiros, corruptos e vagabundos", criticou, se referindo também ao senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, investigado por esquema de 'rachadinhas' na Alerj.
Kim Kataguiri ainda desafiou André Mendonça, o ministro da Justiça, a processá-lo pela declaração: "Atenção ministro da Justiça, eu desafio Vossa Excelência. Eu estou cometendo agora um crime contra a honra do presidente da República. Se tiver coragem, me processa, que a gente vai discutir o mérito de cada uma dessas três acusações que eu faço".
No Twitter, o deputado reforçou o discurso. Confira:
O 13° do Bolsa Família foi uma das promessas de campanha do presidente em 2018 e, por meio da medida, a parcela foi paga aos beneficiários no ano seguinte.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Maia afirmou que Bolsonaro mente e explicou que MP caducou em março após uma articulação do próprio governo federal.
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