Pouco antes da certificação da vitória de Joe Biden no Colégio Eleitoral nesta quarta (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a alegar que foi reeleito, repetiu que foi vítima de fraude e pressionou seu vice a tentar reverter o resultado - algo que Mike Pence não tem poder legal para fazer.
"Espero que Mike faça a coisa certa. Se ele fizer, vencemos", afirmou Trump diante de uma multidão de apoiadores em Washington. Pence vai presidir a sessão do Congresso que certifica os resultados da eleição, mas não pode rejeitar os votos do Colégio Eleitoral. O democrata Joe Biden teve 306 votos, contra 232 de Trump.
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De acordo com a lei, deputados e senadores podem fazer uma objeção por escrito em conjunto, que podem pausar o processo até que a Câmara e o Senado analisem o pedido. O vice-presidente tem poder de voto durante a certificação, mas apenas no caso de empate, algo improvável devido aos republicanos que já sinalizaram que não apoiarão Trump na tentativa de reverter os resultados.
Em aproximadamente uma hora de discurso, Trump repetiu que eleição foi roubada, disse que venceu "de lavada", atacou a imprensa e colegas de partido, como o secretário de estado da Geórgia, Brad Raffensperger. "Ele adora gravar conversas", ironizou o presidente, em referência ao telefonema vazado em que Trump pressiona Raffensperger para que ele "encontre" os votos necessários para sua vitória no estado. Democratas pediram ontem (5) que o FBI abra uma investigação sobre o caso.
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