Um estudo publicado na revista científica Science nesta quarta-feira (6), revelou que as células de defesa contra o vírus SARS-CoV-2 foram detectadas em até oito meses após a infecção.

Os pesquisadores das Universidade de San Diego e do Instituto La Jolla de Imunologia afirmaram que os pacientes recuperados podem ter uma imunidade robusta por até oito meses, ou até mesmo por anos. O fato sugere que a reinfecção é somente um problema para uma pequena parcela da população que já desenvolveu uma imunidade contra o vírus, seja com vacina ou por infecção. 

Foram estudadas cerca de 254 amostras de sangue de 188 pacientes que se recuperaram do coronavírus. 93% do total não foram internados durante a doença, desta forma, classificados como "casos leves". As amostras foram coletadas em períodos de seis dias e oito meses após o início dos sintomas.

Leia também: Estudo aponta que novo coronavirus pode impactar cérebro por meio do sistema imunológico

O estudo ainda indica que entre 91% e 99% dos infectados pela Covid-19 desenvolvem os anticorpos contra a doença. Sobre os anticorpos IgG, os pesquisadores observaram que os níveis permaneceram "duráveis, com reduções modestas nos títulos de 6 a 8 meses".

Já nas células de defesa do tipo B (criam anticorpos) e T (matam as células infectadas), o artigo ressalta: "Embora a memória imune seja a fonte da imunidade protetora de longo prazo, conclusões diretas sobre a imunidade protetora não podem ser feitas com base na quantificação de anticorpos circulantes SARS-CoV-2, células B de memória, células T CD8 + e células T CD4 + , porque os mecanismos de imunidade protetora contra SARS-CoV-2 ou Covid-19 não estão definidos em humanos."