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A cada dia que passa, a pandemia da Covid-19 se agrava cada vez mais em Manaus. Nesta quinta-feira (14), diversas denúncias de falta de oxigênio nos hospitais da cidade começaram a aparecer nas redes sociais. Familiares de pacientes informaram que o problema está acontecendo no Hospital Universitário Getúlio Vargas e na Policlínica da Redenção. Muitos estão sendo transferidos para hospitais no Piauí.

Em vídeo que está circulando pelas redes sociais, uma mulher afirma que a Policlínica da Redenção está “em estado deplorável” e, segundo ela, muita gente está morrendo por falta de oxigênio no hospital.

Em depoimento na coluna de Monica Bergamo, na Folha de São Paulo, o pesquisador Josem Orellana, que trabalha na FioCruz Amazônia, revelou alguns depoimentos que recebeu de profissionais da área da saúde desses hospitais. “Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia. Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes”.

Manaus é um dos municípios do Brasil que mais sofrem com a pandemia do Covid-19. Na última quarta-feira (13), a capital do Amazonas bateu o recorde de sepultamentos da cidade.

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Posicionamento do Hospital Universitário Getúlio Vargas

O site da Cultura entrou em contato com o Hospital Universitário Getúlio Vargas. Em nota, o hospital informou "que tem conhecimento sobre a falta de oxigênio que afeta, não apenas este hospital, mas toda a cidade de Manaus e continua apoiando as ações do Ministério da Saúde, órgão que coordena os esforços de combate à Covid-19 no Estado. Cabe destacar que o HUGV/Ebserh tem contrato vigente de fornecimento de oxigênio e, mesmo estando em contato com a fornecedora e até mesmo outras empresas há dias, o HUGV/Ebserh não recebeu o suficiente para atender a sua demanda". 

Ainda no texto, o Hospital afirma que não está medindo esforços para solucionar o problema no menor prazo possível.

Nova Variante

Um dos motivos para a atual situação de Manaus é a nova variante que foi detectada na cidade, a B.1.1.28. Ela foi encontrada em quatro turistas que vieram do Japão para o Brasil e passaram as festas de fim de ano no Amazonas.

Quem afirma isso é o Doutor Felipe Naveca, pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). Mas, segundo ele, esse não é o único fator determinante para o aumento de casos. “Eu não considero que ela seja a única responsável. A gente não tem certeza se a variante está circulando no Amazonas em grande quantidade, ainda é preciso aumentar o número de amostras analisadas”.

Além da nova variante, Naveca ainda cita a diminuição do distanciamento social e o início do período de inverno na cidade, que historicamente, é um período onde vírus costumam circular mais pela região.