Em um mundo cada vez mais tecnológico, as informações pessoais de cada um estão extremamente conectadas — de forma direta ou indireta — à internet. As redes sociais têm um papel importante nessa questão e, dia após dia, são utilizadas não só como ferramentas de diversão ou passatempo, mas também como aliadas na vida profissional.

No Brasil, sabemos que o índice de desemprego sempre foi algo preocupante e, além disso, olhamos ao redor e é possível enxergar como isso reflete na sociedade. De acordo com o último levantamento do IBGE, o país chegou a 14 milhões de desempregados e bateu um novo recorde. Os dados são baseados na PNAD Covid-19, pesquisa que identifica os reflexos da pandemia no mercado de trabalho.

É nessa hora que o trabalhador precisa se reinventar e encontrar novas formas de garimpar vagas, oportunidades de empreender, etc.

Michele Vasconcelos, professora de gestão de carreiras e proprietária da M Vasconcelos Consultoria, explica a transição da busca por emprego ”à moda antiga” para a online. “Antigamente, o mercado de trabalho era restrito às agências de emprego e aos jornais. Hoje, não. Agora, inclusive, existem mídias sociais que são específicas para o relacionamento profissional, como por exemplo, o LinkedIn.”

LinkedIn

É inegável que o LinkedIn trouxe um novo formato de relacionamento entre profissionais do mundo inteiro — já que ele não serve só para conquistar uma recolocação. “Uma das ideias principais dessa rede social é construir networking. Ao convidar pessoas para fazer parte do seu círculo, é importante saber se apresentar e fazer um planejamento de quais empresas você gostaria de estabelecer contatos e relações”, diz Vasconcelos.

Segundo ela, a plataforma em questão serve como um segundo currículo e uma vitrine, onde o interessado vai expor aquilo que carrega de bagagem, experiências e realizações. A professora acredita que, atualmente, não basta criar uma conta nas mídias digitais, mas fazer com que elas sejam bem trabalhadas.

Vasconcelos pontua outras dicas que podem ser aplicadas para sair na frente, manter um bom perfil nessa rede e conseguir destaque. “É importante que o usuário compartilhe artigos que sejam relacionados aos próprios assuntos profissionais, e faça comentários em outras publicações que tenham relevância. A frequência com que cada um utiliza o LinkedIn e a qualidade desse uso é o que vai interferir na possibilidade de encontrar uma nova oportunidade”, ressaltou.

Passando para duas das redes de Mark Zuckerberg, elas também contribuem para que os que procuram um novo “lugar ao sol” tenham acesso às vagas disponíveis, e que podem ser encontradas ao usufruir das funções corretas.

Facebook

Aqui, empresas têm o hábito de divulgar a busca por talentos em grupos específicos, e que podem ser acessados publicamente ou com a autorização de administradores. Outra alternativa bastante eficaz é usar a barra de pesquisa e procurar o cargo desejado com palavras-chave, a fim de visualizar posts de pessoas e empresas que querem contratar.

Instagram

Neste caso, o mais indicado é seguir pessoas que atuam no ramo de RH, departamento pessoal, recrutamento e acompanhar o conteúdo produzido. Em conjunto, fazer busca usando hashtags com o nome da posição ajuda a aperfeiçoar esse processo — algo que também pode ser feito no Facebook e no próprio LinkedIn.

Alerta importante

Ainda que esses ambientes digitais ofereçam liberdade para construção de novas possibilidades no âmbito profissional, existem alguns cuidados que devem ser tomados para não cometer deslizes e destruir o marketing pessoal. A recrutadora comenta como se precaver. “É preciso peneirar aquilo que é público e tentar não misturar aquilo que pode ser compartilhado com família e amigos — para que essa exposição não se torne algo negativo para a imagem”, finalizou.