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"Poderia ter tido mais diálogo entre universidades e ensino médio para que o ENEM fosse adiado", diz especialista

Idealizadora do exame e ex-presidente do INEP, Maria Inês Fini, comenta problemas no vestibular


21/01/2021 19h15

Na última semana, mais da metade dos inscritos não realizaram a primeira etapa do ENEM. Nesta quinta-feira (21), a idealizadora do exame e ex-presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Maria Inês Fini, comentou no Jornal da Tarde os desafios e problemas do processo que foi adiado de novembro de 2020 para janeiro de 2021.

Inês criticou a decisão de manter a prova para janeiro deste ano. Segundo ela, o Governo Federal poderia ter dialogado com as escolas de ensino médio e universidades, para readequar o calendário escolar a uma nova data do exame.

“Poderia ter tido uma orquestração maior entre o ensino superior e o ensino médio, de tal forma que houvesse uma adaptação e pudesse retardar um pouco o início das aulas do ensino superior. Isso seria muito fácil, quem faz isso não é o INEP, quem tinha que fazer isso era o Ministério da Educação”, comenta.

A especialista também chamou atenção para a desigualdade que acometeu diversos jovens na questão da educação à distância, utilizada como alternativa para frear o contágio do novo coronavírus.

“O cenário de janeiro foi muito preocupante, muitas entidades dos jovens, professores e pesquisadores pediram o adiamento do exame, principalmente em função da pandemia e da vulnerabilidade dos alunos, que não tiveram acesso a uma escolarização mais robusta em 2020, em função de não terem acesso à plataformas digitais. Temos um cenário absolutamente injusto”, diz.

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De acordo com a idealizadora do vestibular, o INEP poderia ter aderido ao desejo dos participantes, tendo em vista que realizou uma sondagem para saber em qual mês os alunos se sentiriam seguros para fazer as provas.

“Quando a decisão pela transferência da prova de novembro para janeiro foi tomada, o cenário era um, mas ele já era extremamente preocupante. Veja bem, o INEP fez uma pesquisa perguntando ao jovens qual era a data que eles gostariam que o exame fosse aplicado, a grande maioria apontou maio. Você não faz uma pesquisa se não quer respeitar o resultado”, completa.

Assista a entrevista na íntegra com Maria Inês Fini, que foi ao ar esta quinta (21) no Jornal da Tarde.

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