Estima-se que a osteoporose atinja cerca de 10 milhões de brasileiros. O Jornal da Tarde conversou com especialistas para explicar a prevenção, os sintomas e avanços científicos para controlar a doença, que ainda não tem cura. 

A doença silenciosa deixa os ossos frágeis e porosos devido à deficiência de cálcio. Conforme vai progredindo, aumentam os riscos de fraturas, principalmente no quadril, costelas e fêmur. A cada 5 pessoas diagnosticadas com a doença, 4 são mulheres na fase da menopausa ou homens acima dos 50 anos de idade.

"Sempre comparo para os meus pacientes que o nosso esqueleto é como uma conta bancária, só que em vez de ter dinheiro nela, nós temos cálcio. Ao longo da vida há um processo de depósito de cálcio, e aí a nossa conta aumenta, o osso fica mais resistente; e há um processo também de 'saque' dessa conta", explica Ben-Hur Albergaria, vice-presidente da Comissão Nacional de Osteoporose. "Vários fatores mantêm essa conta estável ao longo da vida, mas os mais importantes são os hormônios sexuais: estrogênio nas mulheres e testosterona nos homens", continua.

No início, a osteoporose não apresenta sintomas e na maioria dos casos só é detectada quando aparece alguma fratura ou dor crônica. Em todo o mundo, mais de 8 milhões de fraturas são causadas pela doença todos os anos. Um estudo feito pela Federação Internacional de Osteoporose aponta que 24% das pessoas idosas que fraturaram o quadril, por exemplo, morreram depois de um ano por complicações. A doença não tem cura, mas existe tratamento para impedir a evolução.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em janeiro deste ano uma nova droga que promete ajudar a recompor a perda de cálcio e massa óssea. Mas, para o especialista, o diagnóstico precoce e a prevenção ainda são o melhor remédio: "Ao longo da vida nós devemos previnir com uma dieta rica em cálcio, com exposição adequada ao sol para formação de vitamina D, exercícios físicos regulares, evitar tabagismo e alcoolismo. Essa é a prevenção, nós devemos fazer isso ao longo de toda a vida", conclui. 

Assista à reportagem do Jornal da Tarde: