Depois da eleição de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco na presidência da Câmara e do Senado, o governo federal espera que a liderança de seus aliados ajude a destravar a agenda econômica no Congresso.
Ao menos 14 propostas estão paradas no Congresso atualmente. A lista inclui as PECs emergencial, dos fundos públicos e a do pacto federativo; a alteração do regime de partilha do pré-sal; o marco legal das ferrovias e do setor elétrico e a autonomia do Banco Central, já aprovada no Senado.
O ministro da economia, Paulo Guedes, também espera a votação das reformas tributária e administrativa, que mudariam as regras do funcionalismo. Segundo o ministro, os dois projetos são essenciais pra retomada do crescimento. Guedes aposta ainda no avanço da privatização: quatro empresas estão na mira: Eletrobras, Correios, Porto de Santos e PPSA, que administra contratos do pré-sal. Antes de analisar esses temas, porém, o Congresso precisa aprovar o orçamento deste ano.
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Além da pauta econômica, o presidente Jair Bolsonaro conta com a nova composição de forças na Câmara e no Senado pra aprovar projetos de seu interesse nas áreas de segurança e costumes. Uma das prioridades de Bolsonaro é flexibilizar a posse e o porte de armas. Ele também espera aprovar o projeto que concede excludente de ilicitude às forças de segurança e defende a votação do projeto que torna obrigatório o voto impresso nas eleições.
Estão ainda parados no Congresso os projetos sobre a prisão após condenação em segunda instância.
Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, pautas caras à base bolsonarista, como as relacionadas a armas de fogo, não serão prioridade no Congresso. "Os deputados do Centrão sempre preferem gastar mais do que conter ou gastar menos. As propostas de conservadorismo nos costumes, eventualmente podem até ser colocadas em votação, mas não haverá compromisso do Centrão em aprovar tais propostas."
Assista à reportagem do Jornal da Tarde:
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