Na última sexta-feira (19), o Ministério da Saúde publicou em edição extrato Diário Oficial, dois extratos de dispensa de licitação para comprar duas vacinas, a Sputnik V e a Covaxin. Graças a isso, o país tem a disposição R$ 2,3 bilhões para adquirir os imunizantes.
O primeiro extrato libera R$ 693,6 milhões para a compra da Sputnik V do Fundo de Investimento Direto da Rússia. Esse fundo possui parceria com a União Química Farmacêutica Nacional, laboratório responsável por fabricar a vacina russa no Brasil.
O Fundo de Investimento Direto da Rússia é o responsável por negociar internacionalmente a imunização que foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou.
O segundo extrato libera R$ 1,614 bilhões do processo licitatório para a compra da Covaxin, vacina desenvolvida pela Bharat Boiotech, da Índia.
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A dispensa de licitação para a compra de vacinas, insumos e contratação de serviços referentes à vacinação havia sido autorizada pela Medida Provisória 1.026.
Mesmo o governo brasileiro adquirindo a Sputnik V e a Covaxin, é preciso da autorização da Anvisa para elas serem aplicadas na população. Até o momento, nenhum dos laboratórios responsáveis entrou com o pedido para uso delas no Brasil.
A dispensa da licitação para a compra das vacinas acontece num momento que muitas capitais estão paralisando as campanhas de vacinação por falta de material. O ministro Eduardo Pazuello vem sendo pressionado pelo ritmo lento da imunização no país.
Em reunião online com os governadores na última quarta-feira (17), o Ministro da Saúde apresentou um cronograma de entrega das vacinas contra a Covid-19. Segundo Pazuello, 11,3 milhões de doses devem ser entregues ainda em fevereiro, sendo 2 milhões da Oxford/AstraZeneca e 9,3 milhões do Instituto Butantan.
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