Neste domingo (28), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o estado de lockdown decretado em diversos estados do Brasil, para conter o avanço da pandemia de Covid-19. Desta vez, o mandatário usou como justificativas o fato da escassez de leitos em UTIs já ser problema antigo do país e, de novo, os danos econômicos em consequência do fechamento do comércio.

"A saúde no Brasil sempre teve seus problemas. A falta de UTIs era um deles e certamente um dos piores. Hoje, ao fecharem o comércio e novamente te obrigar a ficar em casa, vem o desemprego em massa com consequências desastrosas para o país", escreveu, junto a print de matéria do G1 em 2015, que anunciava a preocupação com a falta de leitos das unidades.

A publicação foi feita dois dias depois de Bolsonaro descrever o fechamento de comércio como "politicalha", afirmando que os governadores que optarem pela medida de lockdown terão que "bancar o auxílio emergencial", que, por sua vez, é responsabilidade do governo federal. 

Na quinta-feira (25), em sua transmissão ao vivo semanal, o presidente citou um suposto "estudo alemão" para colocar em dúvida a segurança e eficácia das máscaras contra a Covid-19, contrariando mais uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para prevenção da doença.