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Dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher e para começar as preparações para essa data simbólica na luta histórica das mulheres, confira uma lista de algumas atletas brasileiras que marcaram suas modalidades:

Maria Esther Bueno foi o maior destaque do tênis feminino brasileiro, eleita a melhor tenista do século XX. Foi uma das raras tenistas a conquistar títulos em três décadas diferentes. Durante sua carreira, ganhou mais de 589 títulos internacionais. Entre eles, 19 prêmios em campeonatos do Grand Slam, sete em categorias simples, 11 em duplas e um em duplas mistas.

Em 1959, aos 19 anos, chegou ao número 1 no Ranking Mundial de tênis. E entrou para o Guinness Book, livro dos recordes, depois de vencer uma partida em apenas 19 minutos, em 1964. Maria Bueno se aposentou em 1977 e entrou para o Hall da Fama do tênis no ano seguinte. A jogadora faleceu em 2018, com 78 anos.

A carioca Maya Gabeira, de 33 anos, bateu o seu próprio recorde mundial feminino de maior onda surfada, em fevereiro de 2020. A surfista é reconhecida pelos seus troféus conquistados ao redor do mundo. Maya foi vencedora do Billabong XXL Global Big Wave Awards, por quatro vezes consecutivas (2007 a 2010), na categoria Melhor Performance Feminina.

Começou a surfar em 2001, aos 14 anos, em uma escolinha de surfe no Rio de Janeiro. Aos 21 anos, em 2008, tornou-se a primeira mulher a surfar no mar do Alasca. No final de 2013, a surfista tentou bater seu recorde de maior onda surfada em Nazaré, Portugal, quando sofreu uma queda e foi resgatada inconsciente do mar. Em 2018, conquistou seu objetivo no local, surfando uma onda de 20,7 metros e entrou para o Guinness Book, como a primeira mulher a surfar uma onda ilimitada.

Hortência Fátima Marcari, de 61 anos, é ex-jogadora de basquete e é considerada uma das maiores atletas femininas de seu esporte. Em 2018, foi considerada a melhor jogadora de copas do mundo da FIBA de todos os tempos. A jogadora é a maior pontuadora da história da Seleção Brasileira de Basquete, com 3.160 pontos marcados em 127 partidas oficiais.

Disputou cinco mundiais e participou da conquista do ouro no Mundial de 1994 e da medalha de prata nas Olimpíadas de 1996. Em 2005, entrou para o Hall da Fama no Basquete, sendo a primeira brasileira a receber a honra.


Aída dos Santos, de 84 anos, foi a primeira mulher brasileira a participar de uma final olímpica e a única do atletismo, ficando em quarto lugar no salto em altura nos Jogos de Tóquio, em 1964. Ela viajou sem técnico e sem material para competir, tendo que adaptar um uniforme de outra competição.

A atleta fundou um instituto para promover a inclusão social por meio do atletismo e do voleibol, chamado Instituto Aída dos Santos. Em 2006, Aída recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no Prêmio Brasil Olímpico, e em 2009 foi agraciada com o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.

Amanda Nunes, de 32 anos, é lutadora de artes marciais mistas, atualmente é campeã da categoria peso-galo feminino e peso pena do Ultimate Fighting Championship, sendo a primeira atleta brasileira a conquistar dois cinturões das categorias. Em 2018, no The Forum, em Inglewood, a lutadora nocauteou Cris Cyborg - ex-dona do cinturão peso-pena, que não perdia há 13 anos e um mês, aos 51 segundos do primeiro round e se tornou a primeira mulher campeã de duas categorias.

Ano passado, em Las Vegas, Amanda voltou ao peso pena para defender pela primeira vez o cinturão contra a canadense Felicia Spencer. Nunes venceu a luta por decisão unânime ao dominar a adversária por cinco rounds. Ela se tornou a primeira lutadora (homem ou mulher) a defender ambos os cinturões simultaneamente na história do UFC.

Daiane dos Santos, de 38 anos, foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar medalha de ouro no Mundial, realizado em Anaheim, EUA, em 2003. A ex-ginasta tem mais duas medalhas de prata e três de bronze conquistadas em Jogos Pan-Americanos de suas apresentações solo, salto e equipe.

Daiane possui dois movimentos nomeados em sua homenagem após ser a primeira ginasta no mundo a realizá-los: o duplo twist carpado, ou Dos Santos I, e a evolução deste primeiro: o duplo twist esticado, ou Dos Santos II. Em 2012 após a competição de Londres, na qual teve o melhor desempenho da equipe brasileira, decidiu abandonar a ginástica artística e agora é empresária, promovendo projetos para atletas de alto desempenho e a cultura do esporte.

Marta Vieira da Silva, de 35 anos, foi eleita a melhor jogadora do mundo seis vezes pela FIFA, maior artilheira das Copas do Mundo de Futebol Feminino, com 17 gols, e desde 2015, é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira. A atacante foi a primeira a marcar gols em cinco edições distintas de Copa do Mundo (2003, 2007, 2011, 2015 e 2019).