No Jornal da Cultura desta segunda (8), a jornalista Patrícia Campos Mello fez uma análise dos desdobramentos políticos da elegibilidade do ex-presidente Lula. Por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, o petista recuperou seus direitos políticos graças à anulação das condenações relacionadas à Operação Lava Jato.
Sobre o cenário político que se desenha para a eleição de 2022, a jornalista comenta: "Arriscando errar muito porque estamos a muito tempo da eleição, acho que em primeiro momento ganha muito [com a mudança] o presidente Jair Bolsonaro. Porque muda o assunto; você deixa de discutir a incompetência atroz do governo, o atraso na vacinação, número recorde de mortes, e volta para o campo que o presidente Bolsonaro prefere.Você traz de volta esse espantalho da direita, que é o ex-presidente Lula, e volta para essa conversa do que está acontecendo agora no país".
Citando uma pesquisa divulgada neste domingo (7) pelo jornal O Estado de São Paulo de intenções de voto e rejeição a possíveis candidatos em 2022, a comentarista prossegue: "Lula tem uma grande rejeição, mas o presidente Bolsonaro tem uma rejeição maior ainda. A gente não pode descontar o fato do ex-presidente Lula ser competitivo. No entanto, num segundo turno, a gente poderia repetir o segundo turno plebiscitário que a gente teve em 2018, que era: anti-PT, anti-Lula, ou Bolsonaro. Quem é que vai herdar esse pessoal que fez um voto anti-PT e não exatamente pró-Bolsonaro em 2018?", questiona.
Assista ao trecho:
REDES SOCIAIS