Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Foto: Marina Buozzi
Foto: Marina Buozzi

O advogado criminalista José Carlos Dias é o convidado do Provoca desta terça-feira (29). Apresentado por Marcelo Tas, o programa vai ao ar na TV Cultura, às 22h

Na entrevista, os dois conversam sobre o trabalho do entrevistado durante e pós-ditadura, sua opinião a respeito da função dos presídios e seus casos mais marcantes.

Relembrando suas ações relacionadas ao regime militar, o advogado conta como foi defender diversos perseguidos políticos e relembra o depoimento de Paulo Malhães, ex-tenente e assassino confesso, que expôs a forma que enterrava os corpos mortos para não serem encontrados.

“Eu e a Rosa [Cardoso] começamos a cutucar sobre o que ele via, o que ele fazia e como fazia. ‘Eu arrancava os dentes para que a pessoa não fosse identificada pelos dentes, e quando precisava eu arrancava as mãos também’. E ele foi falando e acabou dizendo tudo. Um mês depois ele foi morto”, revela. 

Leia também: Ataque dos EUA em centro de detenção de imigrantes no Iêmen deixa 68 mortos, dizem rebeldes

No segundo bloco, quando questionado por Tas qual o objetivo dos presídios e se eles são funcionais, Dias opina que “a prisão é um mal necessário”, mas que não cumpre sua função com excelência. “[O presídio] deveria ser destinado somente àqueles que realmente praticaram crimes, atos que, em liberdade, seriam perigosos para nós. (...) A prisão deveria ser para devolver o cidadão à sociedade melhor do que entrou. E, na verdade, as prisões hoje em dia são escolas do crime”.

O “advogado de porta de cadeia”, como ele mesmo se denomina, fala também sobre sua família e conta os seus casos mais memoráveis, citando a “Rua Cuba”, a exemplo do caso mais difícil ganho, além da defesa de Katia Rabelo, como a derrota em que mais aprendeu.

“Quando eu defendi no Supremo Tribunal Federal a Katia Rabelo, que era presidente do Banco Rural, eu fiquei abalado. Porque eu achei uma injustiça, que ela não poderia ter sido condenada”, diz Carlos Dias.

Leia também: Pacientes do SUS em SP poderão avaliar atendimento pelo WhatsApp