Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11), o governador João Doria (PSDB) anunciou a fase emergencial, a medida mais dura do Plano São Paulo desde o início da pandemia. As medidas entram em vigor na próxima segunda (15) e duram até 30 de março.
Com a nova fase, ficam suspensas as atividades esportivas e religiosas coletivas, serviços de retirada e lojas de material de construção. O teletrabalho passa a ser obrigatório para atividades administrativas não essenciais em órgãos públicos e privados.
As restrições da fase vermelha continuam em vigor: supermercados, padarias, postos de gasolina e outros serviços considerados essenciais seguem abertos. O estado todo terá toque de recolher entre as 20h e 5h todos os dias. Também fica proibido o acesso a praias e parques.
Além disso, o governo recomendou escalonamento de horário para reduzir aglomerações em transporte púbico: 5h às 7h para trabalhadores da indústria, 7h às 9h para trabalhadores de serviços e 9h às 11h para trabalhadores do comércio.
Nas escolas, a rede estadual vai antecipar recessos de abril e outubro para o período entre 15 e 28 de março, para que alunos não tenham atividades obrigatórias. O fornecimento de alimento nas escolas continua.
"O que nós buscamos não é cercear o trabalho das pessoas, a vida das pessoas, e sim proteger as vidas", afirmou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19.
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Essa é mais uma medida para tentar frear o avanço da Covid-19 no estado, que atinge os piores níveis desde o início da pandemia, com aumento em casos, mortes e internações.
O detalhamento das medidas da fase emergencial pode ser encontrado no site oficial do governo.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, 53 municípios de São Paulo atingiram 100% de ocupação hospitalar. Em todo o estado, a lotação está em 87,6%. "Por mais que estejamos aumentando o número de leitos, e vamos aumentar mais, é muito pouco. E não é tão célere como é a pandemia, infelizmente, no nosso estado. Precisamos da ajuda de todos", afirmou Jean.
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