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Devido à crise sanitária provocada pela Covid-19 e ao aumento no número de casos e óbitos da doença, a expectativa para ser imunizado é grande. No entanto, além de todas as dificuldades já existentes em torno do coronavírus, há uma nova preocupação: tomar corretamente as doses da vacina.

Recentemente veio à tona alguns casos de idosos que receberam a primeira dose de um fabricante e a segunda de outro. Por exemplo, pessoas que tomaram primeiramente a vacina Covishield, desenvolvida pela universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, e depois receberam uma dose da CoronaVac, feita pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ou vice-versa.

Para explicar os riscos desse procedimento, o site da TV Cultura entrevistou o Dr. José Geraldo Leite, epidemiologista do Grupo Pardini.

O especialista afirma que todos os estudos de segurança e eficácia das vacinas contra Covid-19 foram feitos aplicando doses do mesmo fabricante, então não há nenhum estudo de segurança ou eficácia que autorize usar doses de fabricantes diferentes. Portanto, não é recomendado que seja feito o uso de duas doses de vacinas de laboratórios distintos, pois não são os mesmos componentes.

Mas em situações que isso aconteça, Leite informa que a orientação do Ministério da Saúde é que, se o intervalo entre a primeira dose e a segunda for menor do que 14 dias, provavelmente a segunda dose não teve ação nenhuma, por isso, recomenda-se tomar uma terceira dose da mesma marca da primeira para completar a proteção em 100%.

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Já se o intervalo for superior a 14 dias, José relata que a decisão do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é manter as duas doses, não fazer nenhuma dose adicional.

Dessa forma, a recomendação é encerrar o caso, ou seja, não aplicar mais nenhuma dose, de nenhuma marca. “Isso porque não há pesquisas sobre a segurança das vacinas misturadas”, explica.

Questionado sobre a imunização das pessoas que, eventualmente, receberam doses de vacinas diferentes com intervalo maior que os 14 dias, ele diz que este paciente não é considerado devidamente imunizado pois faltam dados, mas não se faz nova dose por falta de estudos de segurança até o momento.

“De toda forma, as equipes de saúde devem estar atentas e preparadas para sempre manter o mesmo fabricante durante o período de vacinação do paciente”, finaliza o epidemiologista.