Em boletim divulgado na última sexta-feira (9), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para o estado crítico dos sistemas de saúde dos estados da região Sul e Centro-Oeste. As próximas semanas deverão refletir as contaminações do fim de março e o feriado no início de abril, justamente o período com as maiores taxas tanto de casos como de mortalidade pela Covid-19 de todo o Brasil.
"Esse padrão coloca as regiões Sul e Centro-Oeste como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados", informa a Fiocruz.
O documento destaca o Rio Grande do Sul, que é um dos estados com a maior taxa de letalidade do novo coronavírus. Atualmente, ela é de 4,1%, a segunda maior do país, ficando atrás apenas da do Rio de Janeiro, com 6,2%.
Além disso, a Fiocruz ressaltou que 21 estados estão com a taxa de ocupação de leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 acima dos 90%, o que prejudica ainda mais o tratamento nos casos mais graves.
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Outro fator determinante é o número de jovens internados, que costumam ocupar os leitos por mais tempo. Entre a primeira semana do ano, até a última de março, os números de casos em pessoas entre 30 e 39 anos cresceu 1.218,33%. No público entre 40 e 49 anos o aumento foi de 1.217,33%.
Nova edição do Boletim @fiocruz Observatório #COVID19 indica que regiões Sul e Centro-Oeste tendem a cenário crítico nas próximas semanas. https://t.co/xnVcrtX7Wr pic.twitter.com/DwnfWLmRa3
— Agência Fiocruz (@agencia_fiocruz) April 9, 2021
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