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Reprodução/SP é Solo Preto e Indígena
Reprodução/SP é Solo Preto e Indígena

São Paulo, cidade com a maior população negra do país, teve suas raízes e tradições afro-brasileiras apagadas ao longo dos anos e substituídas pela cultura europeia.

Para resgatar a história negra e indígena da cidade e sua formação, o movimento “SP é Solo Preto e Indígena” luta pela substituição de nomes de ruas, avenidas, monumentos e símbolos de São Paulo que prestam homenagem a opressores ou eugenistas.

Em entrevista ao Jornal da Tarde desta sexta-feira (16), Baby Amorim, coordenadora do Instituto Ilú Obá de Min e apoiadora do movimento, falou sobre esse apagamento sistemático. Como exemplo, ela citou o bairro do Bexiga: “Hoje ninguém fala do bairro como o quilombo negro que ele foi, ele é lembrado como um espaço da cultura italiana”.

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Para ela, resgatar essas memórias e combater o esquecimento é um processo educativo, e reforça a importância da Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas.

Baby acredita que o movimento “SP é Solo Preto e Indígena” ganhará a força necessária para atuar na troca de nomes de ruas e monumentos por estar no parlamento. “Esse é um pedido antigo do movimento negro. É impossível que a gente continue homenageando eugenistas e racistas”, explica.

Nesta sexta-feira (16), às 19h, o perfil do Instagram da iniciativa (@sp.solopreto) realizará uma transmissão com representantes do movimento negro para o início da campanha.

Veja a entrevista completa do Jornal da Tarde desta sexta-feira (16):