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Flickr/Ministério do Meio Ambiente
Flickr/Ministério do Meio Ambiente

Nesta segunda-feira (3), Ricardo Salles (Meio Ambiente) foi a uma audiência pública das comissões do Meio Ambiente e de Viação e Transportes na Câmara dos Deputados. O ministro se esquivou das perguntas relacionadas a maior apreensão de madeira do país e culpou os governos do PT pela redução do Orçamento da pasta.

Logo no início da sessão, Salles falou sobre a evolução do Orçamento da Pasta nos últimos 11 anos. Mesmo citando os cortes de Bolsonaro nos três anos de governo, o ministro afirmou que a grande redução do ministério aconteceu durante o governo de Dilma Rouseff (PT).

“A grande redução orçamentária da área do Meio Ambiente se deu entre os anos de 2014 e 2015, que reduziu a menos da metade o Orçamento que era no ano anterior, de 2014, ou praticamente um terço do que foram em 2014 (R$ 14 bilhões)”, disse o ministro.

Em outro momento da audiência, ele voltou a criticar os cortes de orçamento no período da ex-presidente: “a gente pode ver quem era o presidente da República, que partido comandava o Brasil, quem era o ministro da Meio Ambiente em 2015”.

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A audiência foi presidida pela deputada Carla Zambelli (PSL/SP), aliada do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e deixou claro que ele poderia optar por responder apenas os questionamentos envolvendo temas sobre desmatamento, redução no Orçamento e licenciamento ambiental.

Essa foi a muleta para ele não responder qualquer questionamento sobre a apreensão, que levou à troca do delegado Alexandre Saraiva da chefia do Polícia Federal do Amazonas. Quando perguntado, Salles afirmou que iria se “reservar ao direito de não adentrar”.

Desmatamento na Amazônia

O ministro deu sua opinião sobre o crescente desmatamento na Amazônia, que foi um dos temas na Cúpula do Clima, organizado pelo presidente americano Joe Biden. Salles atribuiu uma ausência de oportunidades na região amazônica e as regras de licenciamento.

“É uma região que tem setores produtivos, mas que sofrem muito com uma série de interpretações equivocadas, excesso de imposição de restrições, excesso de imposições de multas e, muitas vezes, o que acaba gerando é um desemprego, uma pobreza que, por sua vez, gera desrespeito ao meio ambiente”.

Bate boca com deputado

Durante a sessão, o ministro se desentendeu com Rodrigo Agostinho (PSB/SP). O deputado se irritou depois que Salles citou o volume de emendas destinadas pelo parlamentar à pasta e o chamou de “ambientalista de palanque”.