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Bruna Prado/Getty Images
Bruna Prado/Getty Images

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou, nesta terça-feira (27), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre as duas notícias-crime contra Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Ele é acusado de atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do país.

De acordo com a ministra, os fatos são de “gravidade incontestável e envolvem um tema de significação maior para a vida saudável do planeta, como é a questão ambiental". Um dos pedidos de investigação foi apresentado por Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, que foi exonerado na semana seguinte da denúncia.

As notícias-crime são de que Salles, o senador Telmário Mota (Pros/RR) e Eduardo Bom, presidente do Ibama, tenham agido de forma a dificultar a investigação da PF sobre a apreensão de mais de 200 mil metros cúbicos de maneira e estão defendendo o interesse de madeireiros.

“Vindo a esta relatoria notícia-crime de gravidade incontestável e de descrição minudente de aparente antijuridicidade de práticas relatadas, há de se determinar o encaminhamento da petição para exame do Procurador-Geral da República e para o exercício de suas atribuições constitucionais”, argumentou Lúcia.

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A ministra também cobrou uma atuação firme da PGR, pois ela é responsável por definir ou não a abertura de uma investigação formal. Se o caso for arquivado, Lúcia cobra uma justificativa.

Mesmo com a exoneração de Alexandre Saraiva do cargo de superintendente, ele continua à frente da investigação.