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Reprodução/Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr Palácio do Planalto

Durante o seu depoimento nesta terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o primeiro a depor na Comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro queria que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alterasse a bula da cloroquina, com ineficácia científica comprovada, para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19. No entanto, o pedido foi negado pelo presidente da agência Antonio Barra Torres, informa Mandetta.

O ex-ministro compareceu à CPI na condição de testemunha, ou seja, com o compromisso de dizer a verdade sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho. 

“Eu estive dentro do Palácio do Planalto quando fui informado, após uma reunião, que era para eu subir para o terceiro andar porque tinha lá uma reunião com vários ministros e médicos que iam propor esse negócio de cloroquina, que eu nunca tinha conhecido. Quer dizer, ele tinha esse assessoramento paralelo", disse Mandetta.

"Nesse dia, havia sobre a mesa, por exemplo, um papel não-timbrado de um decreto presidencial para que fosse sugerido daquela reunião que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, colocando na bula a indicação da cloroquina para coronavírus. E foi inclusive o próprio presidente da Anvisa, [Antônio] Barra Torres que disse não", contou o ex-ministro.

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