Em seu depoimento à CPI da Covid, Eduardo Pazuello foi questionado pelo relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre por que não respondeu às propostas da Pfizer. Em resposta, o ex-ministro da Saúde citou cinco cláusulas da farmacêutica que considerou "assustadoras".

"Quando tivemos a primeira proposta oficial da Pfizer, chegou também com cinco cláusulas que eram assustadoras. Nós estávamos tratando uma encomenda de Oxford que chegaria a 200 milhões de doses neste ano. E a Pfizer nos colocando 18 milhões no primeiro semestre, com cláusulas complicadíssimas", relata Pazuello.

Veja a seguir as cláusulas citadas pelo general:

1 - Ativos brasileiros no exterior;

2- Isenção completa da responsabilidade por efeitos colaterais;

3 - Transferência do fórum para julgamento das ações para Nova York;

4 - Pagamento adiantado;

5 - Assinatura do presidente da República em contrato.

Pazuello finaliza as "cláusulas assustadoras" da Pfizer ao citar a isenção de multas quanto a atraso de entrega. 

"A primeira vez que eu ouvi isso, eu achei muito estranho", diz o ex-ministro. "Uma vacina três vezes mais cara, com todas essas cláusulas, com quantitativos inferiores, além das questões logísticas", completa.

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