O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou à CPI da Covid nesta quinta-feira (20) que um hacker roubou o aplicativo do governo sobre diagnóstico da doença, o Tratecov, e jogou uma versão incompleta na rede.
Pazuello disse que o aplicativo foi ao ar antes de estar pronto, por ação do hacker. Dias depois, o governo tirou a plataforma do ar.
"Não estava completo porque precisaria colocar todos os CRMs lá dentro, precisaria puxar para dentro dele todos o bojo de pessoas que poderiam contatar. Foi feito o roubo dessa plataforma e foi feito um BO. Foi roubado e foi feito... Ele foi hackeado por um cidadão", afirmou Pazuello.
O ex-ministro disse que o hacker alterou dados do programa e disponibilizou o programa na rede. "Existe um boletim de ocorrência uma investigação que chega nessa pessoa. Ele foi descoberto, ele pegou esse diagnóstico, botou, alterou com dados lá dentro e colocou na rede pública. Quem colocou foi ele, tem todo boletim de ocorrência, eu vou disponibilizar aqui. No dia que nós descobrimos que ele foi hackeado, eu mandei tirar do ar imediatamente”, explicou.
O Tratecov servia para os pacientes informarem os sintomas e, em seguida, receberem orientações. A plataforma prescrevia o chamado "tratamento precoce", defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que recomendava medicamentos cientificamente ineficazes contra a Covid-19, como a cloroquina.
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