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De acordo com um relatório inédito da Comissão Pastoral da Terra, em dois anos no Brasil, o número de conflitos por terra cresceu quase 60% e as principais vítimas ainda são os povos indígenas. Segundo o documento, no primeiro ano da pandemia, foram registradas mais de duas mil ocorrências que alcançaram quase um milhão de pessoas.

O coordenador da comissão que realizou o estudo Ronilson Costa afirma que as ocorrências envolvem ameaças de despejo e de morte, assassinatos além de queimada de roças.

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Os conflitos por terra em 2020 (1608) cresceram 25% por cento em relação a 2019 (1311) e quase 60% na comparação com 2018 (1177). Povos originários foram os que mais sofreram invasões de terra. Sete em cada dez ocorrências aconteceram em áreas indígenas.

“Essas áreas são invadidas para extração de madeira, instalação de mineradores ilegais ou simplesmente para expulsar os povos que vivem ali para a construção de grandes fazendas”, explica o membro da Comissão Arns de Direitos Humanos Belisário dos Santos.

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Divulgado nesta segunda-feira (31), o relatório da Comissão Pastoral da Terra também mostra que no último ano, 18 pessoas foram mortas em embates nas regiões de fronteira agrícola e/ou próximas à reservas indígenas.

Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta segunda-feira (31) no Jornal da Tarde.