Movimentos antivacina e a queda na procura por postos de vacinação para a segunda dose prejudicam a imunização contra Covid-19 no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Tarde desta terça-feira (1º), o professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Luiz Carlos Dias explicou que, além destes movimentos contrários à imunização, a falta de doses também atrasa a campanha.
“Nós não temos vacinas suficientes para aplicar duas doses na população brasileira. Para sair dessa pandemia, teríamos que vacinar 70 a 80% da população do país contra a doença, o que corresponde a cerca de 170 milhões de pessoas, e estamos muito longe disso”, pontuou.
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No momento, por volta de 21% da população foi vacinada contra Covid-19 com a primeira dose e 10% com a segunda dose.
Luiz Carlos ressaltou que é essencial retornar aos postos de vacinação para tomar a segunda dose dos imunizantes e não abandonar a proteção completa contra a doença, conferida apenas com ambas as doses.
Sobre os movimentos antivacinas, o professor vê que ações de conscientização através da ciência e da mídia esclarecem o tema para a população aos poucos. “A partir do momento que as primeiras pessoas foram vacinadas, uma esperança e alegria foi divulgada nas redes sociais, aumentando a adesão à imunização”, disse.
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“Agora precisamos cobrar a quantidade suficiente de vacinas dos nossos governantes para imunizar o país”, concluiu.
Veja a entrevista completa do Jornal da Tarde desta terça-feira (1º):
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