Dia 1º de junho é o Dia Nacional da Imprensa. A importância dos veículos de comunicação e a liberdade destas instituições é fundamental para qualquer sociedade democrática, principalmente no cenário atual, tendo em vista os perigos das chamadas "fake news", facilmente difundidas pelas redes sociais. No entanto, não é raro presenciar ataques à jornalistas. Relembre aqui algumas das investidas recentes contra a liberdade de imprensa.
Fotógrafo do Estadão é agredido em manifestação Bolsonarista
Em uma manifestação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, Dida Sampaio, fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo que cobria o ato, foi agredido por manifestantes. Na ocasião, ele foi obrigado a pedir ajuda da polícia para se retirar do local com segurança. Outros profissionais da imprensa também foram hostilizados no momento.
Jornalista Patrícia Campos Mello sofre ataques machistas
Em abril deste ano, a justiça de São Paulo condenou Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da Yacows, empresa suspeita de fazer disparos de notícias falsas, a pagar R$50 mil por danos morais à jornalista da Folha de S. Paulo e comentarista do Jornal da Cultura Patrícia Campos Mello. Hans acusou a jornalista de se insinuar sexualmente para obter informações durante um depoimento da CPMI das Fake News, em fevereiro de 2020.
Em fevereiro de 2020, o presidente Bolsonaro também se referiu ironicamente ao depoimento do ex-funcionário da Yacows e foi condenado a pagar uma indenização de R$20 à Patrícia.
Bolsonaro ameaça agredir repórter depois de pergunta
Em agosto de 2020, após uma pergunta de um repórter do O Globo sobre a razão o ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado no caso das "rachadinhas", e a esposa terem depositado cerca de R$89 mil na conta da primeira dama Michelle Bolsonaro, o presidente respondeu “Minha vontade é encher tua boca com uma porrada. Seu safado”. O vídeo viralizou e a pergunta foi repetida inúmeras vezes nas redes sociais.
Repórter é impedido de fazer cobertura de manifestação
No dia 23 de maio deste ano, o repórter da CNN Pedro Duran foi impedido de continuar a cobertura de uma manifestação bolsonarista no Rio de Janeiro que criticava medidas de segurança contra a Covid-19 adotadas por governadores. Aos xingamentos, o jornalista teve que entrar na viatura da Polícia Militar para conseguir sair do ato.
Leia Também: “Quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo”, diz Bolsonaro sobre Auxílio Emergencial
“O certo seria tirar de circulação”, diz o presidente
Em uma praia de Santa Catarina, em fevereiro de 2021, Bolsonaro declarou a apoiadores que veículos de comunicação como a Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo e O Antagonista são “fábricas de fake news”, e que o certo seria “tirá-los de circulação”. Em seguida, o presidente disse que não faria isso por ser um democrata.
Leia Também: MPF solicita informações a entidades a respeito da Copa América em Manaus
REDES SOCIAIS