A atriz Fernanda Torres diz que seu trabalho em "Ainda Estou Aqui" é, de certa forma, uma forma de levar o legado de sua mãe, Fernanda Montenegro. A declaração ocorreu durante entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (3).

“Temos que pensar que esse é um filme sobre transmissão de uma experiência. A minha mãe é da mesma geração de Eunice Paiva. São duas mulheres que viveram um período muito terrível no Brasil, no mundo, que é a Guerra Fria, e elas criaram filhos que depois foram capazes de escrever livros e de atuar", afirmou.

Leia mais: "Ainda Estou Aqui" faz história e conquista o Oscar de Melhor Filme Internacional

“Eu me sinto assim também com relação à mamãe. De certa forma, eu levo o legado da minha mãe adiante. E fico pensando nas crianças que estão vivas hoje, que filmes eles farão daqui a 50 anos sobre a nossa resistência hoje ao autoritarismo, aos movimentos antidemocráticos, à anticultura. É um filme sobre transmissão e sobre resistência ao longo do tempo” acrescentou.

O Brasil fez história no último domingo (3) ao conquistar o Oscar pela primeira vez na história. “Ainda Estou Aqui“ levou a estatueta de Melhor Filme Internacional.

"Ainda Estou Aqui" disputava o troféu com "A garota da agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A semente do fruto sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia).