O Ministério Público Federal (MPF) denunciou uma invasão seguida de ataques violentos à Terra Indígena Apyterewa, do povo Parakanã, realizados em novembro e dezembro de 2020. De acordo com o MPF, os ataques foram proferidos contra agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para impedir as fiscalizações ambientais.
Ao todo, cinco pessoas foram denunciadas à Justiça Federal em Redenção (PA) por obstrução de ações fiscalizadoras, invasão, formação de quadrilha e usurpação de bens da União. A condenação para esses crimes variam de um a cinco anos de prisão.
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“Conforme expressamente apontado no relatório, inclusive com farta comprovação fotográfica, os denunciados são os responsáveis pela invasão e pelo impedimento da realização das atividades dos órgãos públicos na região, sobretudo do Ibama e da Funai”, escreve o MPF na ação enviada à Justiça.
Segundo relatórios enviados ao ministério, um grupo de cerca de 70 pessoas, comandadas pelos acusados, cercou a base da Funai para impedir as fiscalizações ambientais na terra indígena. O grupo teria atirado fogos de artifício contra fiscais e colocado pregos nas pontes para danificar os pneus das viaturas. Os ataques foram continuados por semanas.
A Terra Indígena Apyterewa foi a segunda mais desmatada em 2018 e 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).
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