Nesta sexta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que abrirá inquérito contra o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Bolsonaro negou as supostas irregularidades apontadas por Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, sobre a compra da vacina indiana Covaxin. As declarações foram dadas a jornalistas na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, onde o chefe do Executivo participou da inauguração de um centro tecnológico.
"Lógico que abrirei inquérito [contra as alegações feitas por Miranda]", declarou. "Olha a vida pregressa dele [Luis Miranda]", completou o presidente.
Os irmãos Miranda depõem na CPI da Covid nesta sexta, a partir das 14h.
Ao ser questionado sobre a vacina Covaxin, Bolsonaro afirmou que a vacina não foi comprada e que o documento apresentado por Miranda estava errado. "Foi comprada a vacina? Teve um documento, pelo que fiquei sabendo, que estava errado, faltava um zero lá e foi corrigido no dia seguinte", disse.
"Vocês querem imputar em mim um crime de corrupção que não foi gasto um centavo. Estamos há dois anos e meio sem corrupção, a CGU [Controladoria Geral da União] funciona, vamos atrás de resolver o problema antes que ele ocorra", acrescentou.
Bolsonaro afirmou ainda que não houve superfaturamento no contrato de compra dos imunizantes. "Tem algum recibo meu pra ele? Foi consumado o ato? Foi retificado." Segundo o presidente "qualquer cego" veria um superfaturamento de 1.000%.
"Pelo que me consta, não há nada de errado no contrato. Não foi gasto um centavo com a Covaxin, vocês que querem me julgar por corrupção, vocês vão se dar mal. Eu sou incorruptível", disse. Ele ainda afirmou que consultará o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a vacina indiana contra a Covid-19.
Leia também: Prefeitura de São Paulo vacina pessoas com 47 anos de idade contra a Covid-19; Aos menos quatro pessoas morreram em desabamento de prédio na região de Miami
REDES SOCIAIS