A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (30) a realização de uma nova oitiva com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).
Na última sexta-feira (25), o parlamentar e seu irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde detalharam denúncias sobre suposta corrupção na compra da vacina indiana Covaxin Na ocasião, o deputado disse ser alvo de ameaças e ressaltou que poderia dar mais informações em uma sessão secreta.
Desta forma, os senadores decidiram ouvi-lo em uma sessão reservada. O depoimento, de acordo com o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), será na próxima terça (6).
Nesta quarta, o empresário Carlos Wizard depõe à comissão. Ele é apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia de Covid-19. Wizard está inserido na lista dos primeiros 14 investigados pela CPI.
O empresário tentou inicialmente ser ouvido por videoconferência, mas o pedido foi negado. Apesar de ter obtido habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso para não responder perguntas que o incriminassem, ele não compareceu à CPI no dia 17 de junho, por estar nos Estados Unidos.
Wizard retornou ao Brasil na última segunda-feira (28) e teve seu passaporte retido assim que desembarcou no Aeroporto de Viracopos, em São Paulo.
Em depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que Carlos Wizard atuou informalmente como seu conselheiro por um mês. A médica Nise Yamaguchi também disse ao colegiado que ela e o empresário participaram da criação de "uma conselho consultivo independente".
Wizard ainda foi citado durante o depoimento do ex-secretário-geral do Ministério da Saúde Antônio Elcio Franco Filho. Ele afirmou ter participado de uma reunião com empresários, entre eles Wizard e Luciano Hang, para discutir a ideia de comprar vacinas para os funcionários de suas empresas.
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