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De acordo com mensagens de texto encontradas no celular do Policial Militar Luiz Paulo Dominguetti, a CPI da Covid descobriu que ele já falava sobre superfaturamento de vacinas antes do dia 25 de fevereiro, quando disse que em um jantar recebeu um pedido de propina de US$ 1 dólar por dose por parte do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. A denúncia foi publicada pela Folha de S. Paulo em 29 de junho.

A informação foi divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na última terça-feira (6). Dominguetti troca mensagens com o coronel Romualdo, citado na CPI em seu depoimento. Em 6 de fevereiro, Dominguetti liga par Romualdo, o coronel diz que passou "para a frente a sua demanda”.

Em 8 de fevereiro ele pergunta para o PM se “aquele assunto evoluiu” e cita um "esquema lá no MS" que deveria ser informado ao "presidente". Não é possível saber se ele se referia ao presidente Jair Bolsonaro. 

Em outra mensagem fala: “Queriam que eu superfaturado o valor da vacina para 35 dólares”. No mesmo dia, Romualdo diz: "Você me falou de um Dias no MS... Será esse?". Em seguida, ele envia um link de uma reportagem que fala sobre o cancelamento da indicação de Roberto Dias para a Anvisa. Dominguetti responde mandando uma foto de Dias e escreve: “Se for este, matou a charada". Ele ainda afirma: "Se depender dele, povo morre". "Se ele não receber o dele por fora".

Leia também: Prefeitura de São Paulo vacina pessoas com 40 anos de idade contra a Covid-19; CPI da Covid ouve Roberto Dias, ex-diretor do Ministério da Saúde acusado de pedir propina

Na manhã da última terça-feira (6), mensagens, e-mails e ligações informais trocadas entre o Ministério da Saúde e a Davati Medical Supply foram divulgadas pela Folha de S.Paulo. As conversas teriam sido realizadas antes da concretização de uma proposta formal sobre a venda de vacinas contra a Covid-19 feitas ao governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o veículo, as mensagens foram trocadas entre Roberto Dias, o coronel da reserva e ex-assessor de Dias, Marcelo Blanco, e o representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho.