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Oito meses após a morte de Adriano de Nóbrega, miliciano no Rio de Janeiro, a viúva Júlia Emília Mello Lotufo se casou novamente. O novo marido é o empresário Eduardo Vinícius Giraldes Silva. Mas essa união levantou suspeitas da Polícia Federal. As autoridades suspeitam que exista algum negócio ilícito.

Segundo relatório da Inteligência da Polícia Federal revelado pelo jornal O Globo, Giraldes devia dinheiro a Adriano, que tinha negócios ilegais no Rio de Janeiro. Ele teria pedido um empréstimo para o miliciano em agosto de 2018 e não tinha pago.

Como começaram as investigações

A Polícia começou suspeitar do casamento quando a defesa de Júlia pediu que a prisão de Giraldes fosse revogada. O motivo para o pedido foi uma declaração de união estável.

O empresário estava preso por associação criminosa, falsificação em documento particular, furto mediante fraude e furto qualificado. Ele foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão em primeira instância.

Mesmo preso, ele não parou com seus negócios e alegou ser dono da empresa Azeite Royal. Inclusive, patrocinou clubes de futebol e lutador de MMA com essa marca. Em 2020, também investiu no carnaval, colocando o nome da marca em setores do sambódromo.

Por conta dessa empresa, o Ministério Público Federal o denunciou por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Situação de Júlia

Após a morte de Nóbrega, Júlia assumiu o comando das ativadas ilícitas do ex-marido. A informação está no processo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital. Ela responde por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo o Gaeco, foi encontrado uma planilha contábil, extraída a partir da quebra de dados telemáticos de Júlia, que releva valores sobre despesas e créditos a receber, totalizando uma movimentação de R$ 1.845.111,43 só em maio de 2020.

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Para as autoridades, a contabilidade seria uma evidência de que a viúva assumiu a gestão dos negócios do ex-marido.

União entre Júlia e Giraldes

O casal procurou o cartório para oficializar a união estável em 5 de outubro de 2020. Foi adotado um regime de comunhão total de bens. Isso significa que tudo adquirido antes e o que for conquistado durante lhes pertence.

Para o Gaeco, Júlia é considerada peça-chave para compreender os negócios criminosos de Adriano. Ele era chefe da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, além de comandar um grupo de matadores de aluguel.

O que diz as defesas

O escritório Silveira Cruz, que defende Giraldes no processo do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, emitiu uma nota sobre a denúncia.

“Relativamente à execução fiscal em curso, encontra-se suspensa em virtude do parcelamento da dívida. Estes dados estão disponíveis nos próprios autos processuais. Quanto à titularidade das empresas, as transferências se deram em virtude do rompimento de união estável (com Nataly Diz Ros), constando a documentação correspondente igualmente dos autos processuais. Finalmente, relativamente ao contato pessoal, tentaremos localizar o cliente”.

O advogado Délio Lins e Silva, que já defendeu Júlia Lotufo em domiciliar, disse que ela não é mais sua cliente. A viúva de Adriano contratou o advogado Demóstenes Torres para defendê-la. Não houve manifestação por parte do novo escritório.