A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (8) a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Francieli Fantinato. Ela criticou a falta de doses de vacina e de campanhas publicitárias de combate ao vírus.
"Por que o maior programa de vacinação do mundo teve dificuldades em executar o seu papel? O PNI sabia muito bem o que precisava fazer, sempre soube. É assessorado pelos conselhos, pelas comunidades científicas e pelos maiores especialistas na área de vacinação. Faltou para o PNI quantitativo suficiente para execução rápida de uma campanha, e campanhas publicitárias para a segurança dos gestores, profissionais de saúde e população", disse Francieli.
Segundo a ex-coordenadora, é necessário considerar que o PNI, estando sob qualquer coordenação, não consegue fazer uma boa campanha sem vacinas e sem comunicação. "Para um programa de vacinação ter sucesso, é simples. É necessário ter vacinas, é necessário ter campanha publicitária efetiva e, infelizmente, eu não tive nenhum dos dois”, concluiu.
A exoneração de Francieli foi publicada no "Diário Oficial da União" na quarta-feira (7) e de acordo com ela, seu pedido de saída ocorreu por motivos pessoais e por que a vacinação estava sendo excessivamente politizada.
A ex-coordenadora do PNI também relatou que houve pressão por parte de diversos segmentos para que fossem alterados os grupos prioritários de vacinação. Segundo ela, essas pressões “para a entrada de grupos trouxe uma dificuldade para a campanha". Ela termina dizendo que "Se tivesse vacina suficiente, não precisaria fazer essa fragmentação, porque a gente iniciaria a campanha com maior quantidade de doses”.
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