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Reprodução/Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr Palácio do Planalto

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) insinuou, nesta segunda-feira (19), que pode desistir da candidatura à reeleição em 2022, caso o Congresso Nacional não aprove o sistema de voto impresso auditável nas urnas eletrônicas. 

Em discurso a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o mandatário voltou a afirmar que "eleição sem voto auditável, não é eleição, é fraude".

"Olha, eu entrego a faixa para qualquer um, se eu disputar eleição", iniciou Bolsonaro. "Agora, participar dessa eleição com essa urna eletrônica...", completou, dando a entender que pode não concorrer à reeleição se não houver a mudança.

A declaração é um recuo em relação ao que disse no dia 9 de julho, quando declarou que, se não houvesse a impressão dos votos, poderia não haver eleição em 2022.

O presidente disse ainda que os votos das urnas eletrônicas serão auditados dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "de forma secreta" e "pelas mesmas pessoas que liberaram o Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] e o tornaram elegível".

Em sua declaração, o presidente quebrou o acordo firmado com presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no dia 12 de julho. Em reunião, o magistrado pediu que o mandatário "respeitasse os limites da Constituição" e se comprometesse a moderar os ataques aos ministros do STF e TSE. 

Nesta segunda, Bolsonaro afirmou que o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, interferiu no Poder Legislativo para barrar o voto impresso no Congresso. “O Barroso foi para dentro do Parlamento fazer reunião com os congressistas. E acabou a reunião, o que vários líderes fizeram? Trocaram os parlamentares pra votar contra o parecer do deputado Filipe Barros [PSL-PR], relator do projeto”, disse.

Na última sexta (16), a sessão da comissão especial da Câmara dos Deputados sobre o voto impresso foi encerrada sem apreciar a proposta. O presidente do colegiado, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou a sessão com a justificativa de que foi um pedido do relator, Filipe Barros (PSL-PR), que cobrou mais tempo para fazer alterações em seu parecer. Ainda não há previsão para a retomada da sessão.

Na visão de Bolsonaro, a urna eletrônica, a qual o elegeu em 2018, tem tecnologia defasada e é falsa a informação de que o sistema do TSE é inviolável. 

O presidente também justificou a falta de pressa na conversa de mais de 20 minutos com os apoiadores em Brasília. “Estou sem agenda”, contou. E brincou que o dia será dedicado à cobrança dos ministros.

Bolsonaro ficou internado entre a última quarta-feira e domingo para tratar uma obstrução intestinal. “Não teve nada a ver com a motociata. [O problema] Começou em Porto Alegre, mas foi um churrasco. Enchi a pança”, explicou.

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