O ministro da Saúde Marcelo Queiroga defendeu, nesta segunda-feira (19), que a proxalutamida deve ser estudada com mais profundidade, antes que se possa considerá-la como um tratamento contra a Covid-19. A declaração foi feita à jornalistas nesta manhã, ao chegar à sede do ministério.
“A proxalutamida está no início dessas pesquisas e precisa estudar mais para verificar, primeiro, a sua segurança, segundo, a sua eficácia, e, a partir daí, ser considerada para o tratamento [da Covid-19]", declarou Queiroga.
Mais cedo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a realização de pesquisas sobre o medicamento. No último domingo (18), quando teve alta hospitalar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu o uso da substância e disse que pediria que o ministro realizasse testes. Ela foi apelidada de “nova cloroquina” do presidente.
A proxalutamida é um fármaco indicado no tratamento de câncer de próstata e de mama. Segundo a Anvisa, o estudo para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento na redução da infecção do novo coronavírus está na fase 3 e será realizado com participantes ambulatoriais do sexo masculino que apresentam sintomas leves e moderados da Covid-19.
Os voluntários serão de Roraima (12 pessoas) e de São Paulo (38). O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, da China. Além do Brasil, os testes serão realizados na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México e Estados Unidos.
AstraZeneca
Outro estudo autorizado pela Anvisa nesta segunda-feira é sobre a necessidade da aplicação de uma terceira dose da vacina da AstraZeneca.
O estudo também está na fase 3 de testes e vai ser feito em 10 mil voluntários na Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A dose adicional será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.
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