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Flickr/Senado Federal
Flickr/Senado Federal

Jair Bolsonaro (sem partido) e o senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade) discutiram nas redes sociais nesta segunda-feira (19). Tudo começou quando o presidente acusou o vice-presidente da CPI da Covid de negociar a compra de 20 milhões vacinas da Covaxin sem licitação e sem a certificação da ANVISA. A resposta aconteceu alegando que o governo federal queria propina e ele vacina.



Em uma outra publicação, Bolsonaro afirma que Randolfe junto com Omar Aziz (PSD) e Renildo Calheiros (PCdoB) aprovaram emendas para para governadores e prefeitos comprarem as vacinas a qualquer preço e o Governo Federal pagar a conta no final.

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Rodrigues confirmou que aprovou as emendas e fez isso para que as autoridades pudessem comprar vacinas e salvar vidas. Além disso, disse que não é o governo que paga pelo imunizante, mas o povo brasileiro.


O presidente ainda falou que o G-7, grupo de senadores que fazem oposição ao Governo Federal na CPI da Covid, o acusa por algo que os senadores tentaram fazer.


Compra da vacina Covaxin

A Procuradoria da República do Distrito Federal começou uma investigação sobre o contrato firmado entre o Ministério da Saúde e o laboratório indiano Barath Biotech para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina de origem indiana.

O Ministério Público Federal analisou o contrato e identificou um valor total de R$ 1,6 bilhão na compra do imunizante. A dose foi negociada a US$ 15 dólares, preço superior ao da negociação de outras vacinas no mercado internacional, como a da Pfizer, considerados uma das mais caras. Além disso, o Brasil comprou a dose por um valor 1000% maior do oferecido inicialmente. A primeira proposta foi de US$ 1,34.

A CPI da Covid ouviu o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Foram eles que denunciaram possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin contra a Covid-19.

Durante a fala, o servidor do Ministério da Saúde mostrou documentos que comprovam os recibos das compras. Segundo ele, foram três 'invoice' (recibos). Na primeira versão, de 18 de março, ele teria questionado informações nestes documentos, como solicitação de pagamento antecipado, quantidade menor de doses da vacina e empresa endereçada.

De acordo com Luis Ricardo, os dados teriam sido arrumados no terceiro 'invoice', em 23 de março, abrindo licença de importação no dia 24 de março.

"Na terceira invoice foi corrigida conforme o contrato e autorizado pela fiscal do contrato (Regina Célia, funcionária do Ministério da Saúde) onde foi feito todos os reajustes solicitados. Com os valores e medicamentos conforme o contrato, autorizado pela fiscal e o ofício do pedido de excepcionalidade assinado pelo diretor do departamento de logística, no dia 24 de março foi aberto com a licença de importação", afirmou.

Diante das polêmicas, o Ministério da Saúde suspendeu o contrato de aquisição da vacina Covaxin.