Candidata de direita à presidência do Peru, Keiko Fujimori admitiu nesta segunda (19) a derrota para seu rival nas eleições, Pedro Castillo. Depois de alegar fraude e entrar com recursos contra o resultado, ela afirmou que reconhece os resultados "porque é o que manda a lei", mas classificou a vitória do adversário como "ilegítima".
Assista ao pronunciamento da candidata:
“Anuncio que, cumprindo meus compromissos assumidos com todos os peruanos, com [o escritor] Mario Vargas Llosa, com a comunidade internacional, vou reconhecer os resultados porque é o que mandam a lei e a Constituição que jurei defender”, disse a candidata.
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Ela também voltou a atacar o rival e repetiu acusações de fraude: "A verdade acabará vindo à tona de qualquer maneira e todos trabalharemos juntos para restaurar a legitimidade do nosso país. O que temos que fazer agora é enfrentar juntos uma nova etapa que será muito difícil, porque o comunismo não chega ao poder para deixá-lo, por isso querem nos impor uma nova Constituição. [...] Nossa defesa da democracia não termina com a proclamação ilegítima de Pedro Castillo.”
Filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko enfrenta a terceira derrota consecutiva nas urnas: ela já perdeu para Ollanta Humala em 2010 e Pedro Pablo Kuczynski, em 2016.
O segundo turno das eleições peruanas foi realizado em 6 de junho, mas o vencedor não foi oficialmente declarado até hoje. Castillo, candidato do partido de esquerda Peru Livre, recebeu cerca de 44 mil votos a mais do que a oponente, uma margem estreita.
A JNE, autoridade eleitoral do país, declarou nesta segunda que o plenário da entidade rejeitou por unanimidade os cinco recursos apresentados pelo partido de Fujimori e que deve proclamar o vencedor nos próximos dias.
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